quinta-feira, 13 de março de 2014

Análise lítica é tema do II Seminário Interno do Laboratório de Arqueologia Peter Hilbert



Nesta última quarta-feira, a equipe do Laboratório de Arqueologia Peter Hilbert (Núcleo de Pesquisa Arqueológica do IEPA) reuniu-se para dar continuidade ao ciclo de Seminários Internos, que visam ampliar o diálogo entre os colaboradores e ampliar a partilha de conhecimento. Desta vez, o palestrante foi o arqueólogo Kleber de Oliveira Souza, que defendeu recentemente sua dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em antropologia da UFPA (PPGA-UFPA).
Com o título de "Pessoas transformando lugares e reconfigurando a paisagem: a ocupação humana em dois sítios pré-históricos, em área de terra firma na floresta equatorial do Estado do Amapá, a partir da análise das peças líticas", Kleber apresentou pela primeira vez no Amapá um resumo de sua dissertação. Para facilitar a compreensão sobre alguns termos técnicos da análise lítica, o palestrante fez uso de blocos de rocha e realizou algumas ações de lascamento em meio à apresentação, demonstrando um pouco da técnica de lascamento que pode observar nas coleções arqueológicas que analisou.







Arqueólogo Kleber de Oliveira Souza explica termos técnicos da análise lítica fazendo uso de blocos de rocha.







Diferentes ambientes em que são encontradas matérias-primas líticas na região do Amapari.
As coleções líticas analisadas são oriundas de sítios arqueológicos localizados no Município de Pedra Branca do Amapari, e foram resgatadas durante um projeto de arqueologia preventiva conduzido pelo Núcleo de Pesquisa Arqueológica do IEPA entre 2007 e 2009. Os estudos desenvolvidos por Kleber ampliam o conhecimento sobre este tipo de vestígio arqueológico, indicando que antigos povos indígenas que ocuparam esta região (desde 6000 mil anos atrás) fizeram uso de diferentes estratégias para aquisição de matérias-primas líticas e para seu uso na produção de instrumentos.
Apesar da conclusão do mestrado, Kleber salientou que a pesquisa tem continuidade, destacando alguns pontos que requerem futuros estudos, como as tecnologias de lascamento empregadas no passado. Por hora, o pesquisador está dedicado à análise de outras coleções oriundas do médio Rio Araguari, uma região mais próxima da costa do Estado do Amapá, e que devem permitir comparações com o material do Amapari.



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