No festo (divisor de águas) entre o Amazonas e o sistema hidrográfico das Guianas, na Savana do Paru, em território Tiriyó.
O objecto acima representado, foi-me dado a conhecer pelo João Tiriyó e mede, de comprimento, cerca de 30 cm. Apresenta gravuras nas duas faces, uma delas representando uma figuração antropomórfica.
Para além dos alinhamentos de pedras, atribuídos aos Aibüba (os antepassados), existe, na cultura Tiriyó, uma valorização das pedras nas práticas agrícolas tradicionais.
Segundo Denise Grupioni, "as pedras kuri, consideradas pedras doadoras de fertilidade, (...) são enterradas no meio da roça, normalmente numa pequena elevação, onde se cruzam seus principais caminhos. Estas pedras são colocadas aos pares, uma masculina, outra feminina, com certa distância, uma da outra. E é durante este enterramento que se deve dançar e recitar os cantos cerimoniais."
Team alentejano-tiriyó