domingo, 1 de fevereiro de 2009

Megalitismo Amazonas-Guianas



















Desenho do objecto meniróide, descoberto por João Tiriyó.













Detalhe da figuração antropomórfica

No festo (divisor de águas) entre o Amazonas e o sistema hidrográfico das Guianas, na Savana do Paru, em território Tiriyó.

O objecto acima representado, foi-me dado a conhecer pelo João Tiriyó e mede, de comprimento, cerca de 30 cm. Apresenta gravuras nas duas faces, uma delas representando uma figuração antropomórfica.

Para além dos alinhamentos de pedras, atribuídos aos Aibüba (os antepassados), existe, na cultura Tiriyó, uma valorização das pedras nas práticas agrícolas tradicionais.

Segundo Denise Grupioni, "as pedras kuri, consideradas pedras doadoras de fertilidade, (...) são enterradas no meio da roça, normalmente numa pequena elevação, onde se cruzam seus principais caminhos. Estas pedras são colocadas aos pares, uma masculina, outra feminina, com certa distância, uma da outra. E é durante este enterramento que se deve dançar e recitar os cantos cerimoniais."




Team alentejano-tiriyó

Um comentário:

  1. Saudações Manuel Calado!

    Enquanto o megalitismo aqui está "morto" (pelo menos na teoria) é bom ver que está vivo do outro lado do Atlântico.

    É curioso ver os pontos comuns entre "os de cá" e "os de lá", em termos de morfologia e possíveis significados.

    Se a sua origem não provém do chamado "inconsciente colectivo", de onde virá?...

    Um abraço e esperamos tê-lo de volta ao nosso querido Portugal em breve! (É que há ainda muitos menires e antas para re-erguer...)

    Alexandre Gabriel

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