Foi publicado, em 2007, mais um volume, dirigido por R. Jousseaume, sobre o megalitismo da África Oriental, centrado, neste caso, no monumento de Tuto Fela, no Sul da Etiópia.
A existência, nessa região, de povos que continuam, hoje em dia, a erguer monumentos megalíticos, suscitou uma abordagem etnoarqueológica particularmente interessante.
Para além do potencial destes dados, em termos de arqueologia comparativa, para o estudo do megalitismo, como fenómeno global, é, desde logo, muito curioso comparar directamente os sítios megalíticos etíopes e amazónicos.
Essa comparação deve ter em conta vários aspectos:
1. A cronologia. Os dados actualmente disponíveis, para a Etiópia, a partir do conjunto de Tiya (Jousseaume, 1995) apontam para cronologias à volta de 1200 d.c. (apesar de alguma indefinição para momentos anteriores), em concordância com as cronologias do megalitismo amazônico.
2. A tipologia das sepulturas etíopes, associadas às estelas (Tiya, Tuto Fela...) é outro detalhe coincidente com a realidade amapaense; de resto, "os povos Oromo (ou oromoides) actuais (Borana, Konso, Arsi...) depositam os seus mortos em posição flectida contraída num nicho arranjado no fundo de um poço." (Jousseame, 2007: 265).
Os rituais funerários destes povos, envolvendo megalitos, mas também estátuas de madeira, são descritos com algum detalhe, envolvendo igualmente iconografias e artefactos simbólicos, em articulação com a respectiva estrutura social.
3. A conformação das plantas dos monumentos com eventos astronómicos e calendáricos, proposta para monumentos namoratunga, no Norte do Quénia (Jousseaume, 2007: 258).
Um dos sítios apresenta um conjunto de alinhamentos, com 19 pedras, o mesmo número que curiosamente encontramos no famoso conjunto de Locmariaquer, no Morbihan (França), provavelmente relacionado com o ciclo das pausas lunares.
Recorde-se que os dois alinhamentos conhecidos na savana Tiriyó (Tumucumaque), apresentam 52 e 13 blocos, respectivamente, valores que reflectem interesses calendáricos de tipo luni-solar.
A existência, nessa região, de povos que continuam, hoje em dia, a erguer monumentos megalíticos, suscitou uma abordagem etnoarqueológica particularmente interessante.
Para além do potencial destes dados, em termos de arqueologia comparativa, para o estudo do megalitismo, como fenómeno global, é, desde logo, muito curioso comparar directamente os sítios megalíticos etíopes e amazónicos.
Essa comparação deve ter em conta vários aspectos:
1. A cronologia. Os dados actualmente disponíveis, para a Etiópia, a partir do conjunto de Tiya (Jousseaume, 1995) apontam para cronologias à volta de 1200 d.c. (apesar de alguma indefinição para momentos anteriores), em concordância com as cronologias do megalitismo amazônico.
2. A tipologia das sepulturas etíopes, associadas às estelas (Tiya, Tuto Fela...) é outro detalhe coincidente com a realidade amapaense; de resto, "os povos Oromo (ou oromoides) actuais (Borana, Konso, Arsi...) depositam os seus mortos em posição flectida contraída num nicho arranjado no fundo de um poço." (Jousseame, 2007: 265).
Os rituais funerários destes povos, envolvendo megalitos, mas também estátuas de madeira, são descritos com algum detalhe, envolvendo igualmente iconografias e artefactos simbólicos, em articulação com a respectiva estrutura social.
3. A conformação das plantas dos monumentos com eventos astronómicos e calendáricos, proposta para monumentos namoratunga, no Norte do Quénia (Jousseaume, 2007: 258).
Um dos sítios apresenta um conjunto de alinhamentos, com 19 pedras, o mesmo número que curiosamente encontramos no famoso conjunto de Locmariaquer, no Morbihan (França), provavelmente relacionado com o ciclo das pausas lunares.
Recorde-se que os dois alinhamentos conhecidos na savana Tiriyó (Tumucumaque), apresentam 52 e 13 blocos, respectivamente, valores que reflectem interesses calendáricos de tipo luni-solar.
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