segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

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O NUPARQ/IEPA e IPHAN/AP promovem nesta quinta feira às 10h no auditório do IPHAN a palestra intitulada "A compreensão de outros mundos: Teoria e método para analisar imagens ameríndias", ministrada pela professora Dra. Denise Maria Cavalcante Gomes, do Museu Nacional/UFRJ. Denise Gomes desenvolve pesquisa na Arqueologia Amazônica atuando em temas como Análise Cerâmica, Arqueologia de Santarém, Arqueologia do Baixo Amazonas, Arte Pré-Colonial, Cosmologias Ameríndias, Complexidade Cultural e Arqueologia Urbana. 
Este evento certamente irá contribuir para a difusão de sua área de pesquisa entre estudantes e profissionais que atuam no Estado do Amapá, fortalecendo a arqueologia na região.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ARQUEOLOGIA NA ESCOLA RAIMUNDA DO PASSOS - O sítio Curiaú Mirim I

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ARQUEOLOGIA NA ESCOLA RAIMUNDA DO PASSOS

            Ontem, pela manhã e tarde do dia 5 de Novembro de 2015, a Escola Raimunda dos passos, localizada no bairro Novo Horizonte recebeu a equipe de Arqueologia do IEPA para realizar atividades educativas junto aos alunos da sexta série do ensino fundamental. A atividade buscou divulgar os resultados preliminares de pesquisas que estão sendo feitas sobre sítio arqueológico Curiaú Mirim.

            Desta forma, apresentamos a importância da história local e como os alunos podem aprender com o mundo que os rodeia. A ideia foi valorizar o conhecimento da turma sobre a história do seu bairro ou Macapá e a partir disso, apresentar aos alunos uma história muito diferente, a história da nossa diversidade cultural utilizando como exemplo o sítio arqueológico Curiaú Mirim.  No decorrer da atividade também procuramos sensibilizar esses alunos para que contribuam com a preservação e divulgação do nosso patrimônio arqueológico.

        Foram realizadas além de apresentações expositivo-dialogadas, demonstrações de ferramentas utilizadas pelos arqueólogos, demonstração de artefatos arqueológicos e atividades lúdicas. 

         Esta é uma das primeiras etapas de divulgação dos resultados da pesquisa no sítio. As etapas seguintes irão incluir a comunidade do Quilombo do Curiaú.

             

















Agradecimentos:
Escola Raimunda dos Passos
Catiane Souza Costa Paixão
Alexandra Guimarães
Cristina Brito
Robeli Chagas
Jelly Lima




                

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Notícias sobre o Sítio Arqueológico Curiaú Mirim I

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A primeira escavação no sítio Curiaú Mirim I (cidade de Macapá e localizado próximo a área quilombola do Curiaú) realizada em 2011, pela equipe de Arqueologia do Núcleo de Pesquisa Arqueológica do IEPA, possibilitou identificar cerâmicas Mazagão, Koriabo, Caviana e um conjunto funerário inserido em um poço irregular. 
Retornando ao campo em 2014, a equipe teve uma nova surpresa: a identificação de um poço funerário com uma morfologia inédita- três câmaras laterais. Os poços continham potes, tigelas, bancos inteiros, além de urnas funerárias que guardavam ossos humanos e de animais. Os materiais arqueológicos  encontram-se acondicionados  na reserva técnica do Núcleo de Pesquisa Arqueológica no IEPA.


Imagem 01: Urna funerária encontrada no poço.

O mestrando Avelino Gambim Jr (Museu Nacional/UFRJ), é o responsável pela análise do material ósseo, pois seu tema de dissertação é o estudo das práticas funerárias das três estruturas encontradas no sítio Curiaú Mirim I. Avelino contou com a presença da sua orientadora a professora Dra. Claudia Rodrigues de Carvalho, arqueóloga e diretora do Museu Nacional/UFRJ. A visita de Claudia, ocorreu entre os dias 8 a 12 de Dezembro de 2014. Neste período foi escavada uma das  urnas funerárias retiradas dos poços. 


Imagem 02: Momento da escavação da urna funerária no laboratório do NuPARQ- IEPA.

Durante a escavação da urna no laboratório foram identificados ossos humanos (crianças e adulto), restos faunísticos (conchas) e pequenas contas feitas de carapaças de animais. 


Imagem 03: À esquerda, separação do material encontrado na urna funerária. À direita, pequenas contas feitas de carapaças de animais.

O material cerâmico encontrado no poço está sendo analisado pelo Bolsista de Apoio Técnico do NuPARQ- IEPA, Alan Nazaré. Durante a análise foram identificadas tigelas, potes com decorações delicadas que remetem as fases arqueológicas Mazagão, Koriabo,  Marajoara. 


Imagem 04: Peças  que acompanhavam o sepultamento encontrado no poço.

No último dia de atividades no laboratório  a arqueóloga Claudia Carvalho, realizou uma apresentação que mostrou um pouco dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos na área da Bioarqueologia nos Estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, dentre outros. Pesquisas voltadas para a Bioarqueologia poderão ajudar a elucidar novas questões referentes a ocupação humana na hoje cidade de Macapá. O sítio Curiaú Mirim I é uma das exceções do chamado mito da diluição biológica na Amazônia (Mendonça de Souza, 2010: 428). 


Imagem 05: Palestra da arqueóloga Claudia Carvalho.

Referência
SOUZA, S. M. F. O silêncio bioarqueológico da Amazônia entre o mito da diluição demográfica e o da diluição biológica da floresta tropical. Arqueologia Amazônica. Editado por E. Pereira e V. Guapindaia, pp. 425-445, Vol.1. Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi. 2010. 





terça-feira, 30 de setembro de 2014

Reunião no CEPAP/UNIFAP agrega arqueólogos do IEPA e da UNIFAP

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Nos últimos anos, o Amapá tem visto uma importante ampliação no quadro de arqueólogos atuando no Estado, tanto através da chegada de novos profissionais na UNIFAP, quanto pela formação de jovens mestres na equipe do IEPA. Esta situação produz um ambiente muito interessante para a pesquisa, o ensino e a socialização da arqueologia na região, oxigenando as práticas e as interpretações dos pesquisadores e de jovens interessados na carreira científica.
Esta semana, provocados pela nova diretora do Centro de Pesquisas Arqueológicas do Amapá (CEPAP), da UNIFAP, Profª. Irislane de Moraes, pesquisadores das duas instituições (IEPA e UNIFAP) reuniram-se nas dependências do CEPAP para discutir o fortalecimento de parcerias e a implantação de projetos conjuntos.
Reunião de arqueólogos: pesquisadores e estudantes do IEPA e da UNIFAP discutem parcerias na pesquisa, ensino e socialização da arqueologia no Amapá.
A reunião foi o primeiro passo para aproximar as duas instituições que atuam de forma mais direta na pesquisa arqueológica no Estado e resultou na definição de estratégias de atuação conjunta, como cursos de extensão e intercâmbio de pesquisadores. Nas próximas semanas, outros encontros definirão prazos para a implantação das parcerias, que devem ser formalizadas em arranjos institucionais.
A reunião contou com a participação dos arqueólogos Irislane de Moraes (UNIFAP), Jucilene Costa (UNIFAP), Mariana Cabral (IEPA), João Saldanha (IEPA), Kleber Souza (IEPA) e Lucio Costa (IEPA), dos jovens pesquisadores Jelly Lima (IEPA), Alan Nazaré (IEPA), Marcos Silva (IEPA), Daiane Pereira (IEPA/UFS) e Bruno Barreto (IEPA/UFS) e dos bolsistas do CEPAP (discentes do curso de História) Brenda Oliveira, Lorena da Silva e Sergio Vieira.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

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A fase Aristé que ocupa os territórios do Amapá e da Guiana Francesa foi o assunto de bastante trabalhos realizados no IEPA.
A pesquisa de Carolina de Sousa Santos que apresentou dia 25 de junho, faz parte dessa continuidade analisando o material cerâmico de uma caverna encontrada no munícipio de Calçoene (AP-CA-14). Assim, acrecentou uma nova perspetiva entre outros estudos que foram feitos como sobre contextos de habitação (Silva, 2011) e funerário em poço (Hiriart, 2012).
A partir da tipologia do material e das suas interpretações, Carol pretende comparar o contexto cerimonial em caverna (AP-CA-14) e em sítio megalítico (AP-CA-18). Esperamos que esse trabalho é só o primeiro de inúmeros outros que serão feitos sobre a variedade dos sítios Aristé.


REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HIRIART, Maitena,  2012 - La culture Aristé, les sites mégalithiques et les puits funéraires en Amazonie brésilienne (Amapá), Mémoire de Master 2, Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, Paris.167.


SILVA, Michel Bueno Flores Da Silva, 2011 - Análise tipológica e espacial do sítio arqueológico AP-OI-06, extremo norte do Amapá, Monográfia de Especialização, Universidade do Estado do Amapá, Macapá.81.

terça-feira, 22 de julho de 2014

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No âmbito da atividade de visitas guiadas ao Núcleo de Pesquisa Arqueológica do IEPA, o mesmo, em parceia com o Fotoclube Fotógrafos Anônimos, promovem uma excursão que visa proporcionar, ao visitante, uma pequena reflexão acerca de materiais e sítios arqueológicos do Estado do Amapá e de seus criadores. 

Nesta linha-guia, propomos que venha desfrutar e conhecer um pouco do riquíssimo Patrimônio arqueológico amapaense... Permita-se!




quinta-feira, 17 de julho de 2014

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IEPA recebe a guarda de artefatos proveniente da área do rio Jari.

Nesta quinta-feira (17/07/14), o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas do IEPA recebeu a guarda de uma coleção de artefatos proveniente de doações que o piloto Paulo César Trindade adquiriu em suas incursões na área do rio Jari. Em entrevista a uma jornalista do campus IFAP (Instituto Federal do Amapá), Paulo relatou que recebeu os artefatos de indígenas e garimpeiros. Dentre os artefatos da coleção encontramos machados polidos, apliques zoomorfos e antropomorfos, rodas de fuso e vasilhas cerâmicas com características da fase arqueológica Koriabo. 

 Vasilha com decoração típica Koriabo.


Artefato em madeira encontrado no igarapé Inajá, afluente do rio Jari.

Vasilhas florais: à direita, note o aplique zoomorfo e pintura.

Apliques zoomorfos

Roda de fuso com aplique zoomorfo

Rodas de fuso em cerâmica e lítico.
 

Machados polidos

quarta-feira, 25 de junho de 2014

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No dia 28 de maio, a bolsista de apoio técnico, Jelly Lima, apresentou os resultados iniciais da pesquisa sobre o sítio arqueológico Laranjal do Jari I, intitulada : “O uso das estruturas arqueológicas na pre-história do Laranjal do Jari”. 

Uma pesquisa particularmente interessante que foca sobre a análise do material cerâmico de várias estruturas (poços, fossas e deposições cerâmicas dentre outras) na perspetiva de entender o uso de cada uma delas.

O sítio de Laranjal do Jari I tem duas ocupações, porém, Jelly analisou a cerâmica da fase Koriabo estimada entre 1200 e 400 A.P. Uma fase arqueológica pouco conhecida mas que chama muito a atenção dos pesquisadores que a estudam no escudo das Guianas (para mais detalhes, ler Van den Bel, 2010 e Cabral, 2011). Assim, o trabalho da Jelly ajuda a entender nosso conhecimento dessa fase arqueológica no estado do Amapá. 


REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CABRAL, Mariana Petry, 2011 – « Juntando cacos : uma reflexão sobre a classificação da fase Koriabo no Amapá » Amazônica, 3 (1) : 88-106.

VAN DEN BEL, Martijn, 2010 – « A Koriabo site on the lower Maroni river : results of the preventive archaeological excavation at Crique Sparouine, French Guiana » Arqueologia amazônica, E. S. Pereira & V. Guapindaia (org.), 1, MPEG/IPHAN/SECULT, Belém : 61-93.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

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CICLO DE SEMINÁRIOS INTERNOS DO IEPA/NUPARQ

ANTIGAS PRÁTICAS FUNERÁRIAS NA FOZ DO AMAZONAS, UMA INTERPRETAÇÃO ATRAVÉS DOS DADOS BIOCULTURAIS.

Avelino Gambim Jr, 

Mestrando do PPGArq-MNRJ



Na área da foz do Amazonas, compreendida pelo setor costeiro amazônico do Estado do Amapá, existem sítios arqueológicos com habitações que possuem estruturas funerárias com deposições de urnas e próximas a buracos de poste interpretados como pertencentes a antigas cabanas. Estes sítios estão localizados em áreas de terra firme com rios, igarapés e campos alagáveis. A pesquisa apresentada busca compreender a variabilidade mortuária no sítio Curiaú Mirim I, escavado pela equipe do NuPArq/IEPA em 2011 e 2014.
Através de dados bioculturais dos indivíduos sepultados, atentando aos diferentes tipos de estruturas negativas, objetiva-se então identificar como se deu o sepultamento nesse sítio, os acompanhamentos funerários, seguido pelos aspectos locacionais. Procura-se relacionar os dados da análise com os dados etnográficos, etnohistóricos  e  arqueológicos das Guianas e da foz do Amazonas.
Os resultados obtidos servirão para elucidar questões referentes aos indivíduos, para compreender a variabilidade mortuária e se possível levantar algumas inferências quanto a organização social. Esta pesquisa resultará em uma dissertação de mestrado pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro, sob orientação da professora Dra. Cláudia R. Carvalho e Apoio institucional do Núcleo de Pesquisa arqueológica do Amapá-IEPA a cargo dos arqueólogos Mariana Cabral e João Saldanha. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

2ª Circular da SAB Norte

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SOCIEDADE DE ARQUEOLOGIA BRASILEIRA – REGIONAL NORTE
Segunda Circular
Colegas,
A II Reunião da SAB Norte (Regional Norte da Sociedade de Arqueologia Brasileira) será realizada na cidade de Macapá/AP, no período de 25 a 30 de Agosto de 2014. O evento terá como sede o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, utilizando o Auditório Waldomiro Gomes, localizado na Av. Feliciano Coelho, 1509.
A estrutura do evento busca criar espaços para discussões em temas transversais, que promovam a integração de pesquisas desenvolvidas a partir de múltiplas linhas de atuação. Com isso, espera-se produzir um espaço de troca e de reflexão entre pesquisadores que usualmente não partilham das mesmas mesas de apresentação, promovendo uma maior interação entre profissionais e estudantes de diferentes especialidades. As linhas temáticas do evento são:
·         Saberes e Tecnologia
·         Corpo e Identidades
·         Estruturas arqueológicas: do micro ao macro
·         Territorialidades e Fronteiras
·         Novas Práticas da Arqueologia Amazônica
O evento vai contar com espaço para apresentações orais (em Simpósios Temáticos e em Mesas de Comunicação) e também para apresentações de pôsteres. As comunicações orais em Mesas de Comunicação terão um tempo máximo de 15 minutos. As comunicações orais em Simpósios terão um tempo máximo de 25 minutos. Todas as sessões terão espaços de debate ao final.
A Comissão Científica reserva-se o direito de alterar a modalidade de apresentação dos resumos inscritos em função de limites de inscritos por sessão. Os autores serão informados de qualquer alteração antes da publicação da Programação Oficial do evento.
A partir da chamada realizada na Primeira Circular, os seguintes Simpósios Temáticos foram aprovados pela Comissão Científica:

Título do Simpósio
Coordenadores
Debatedores
Cerâmica em tempos de Tecnologia e Arte: novas abordagens sobre variabilidade na arqueologia Amazônica
Jaqueline Belletti
Erêndira Oliveira
Meliam Gaspar
Critiana Barreto
Modos de fazer e tecnologias de produção na Amazônia antiga
Gabriela Prestes Carneiro
Claide de Paula Moraes
Eduardo Neves
Estruturas Negativas na Amazônia Pré-colonial: Deposições, contextos e significados
João Saldanha
Cristiana Barreto
Arqueologia Histórica na Amazônia: Atuais e Novas Pesquisas
Diogo Costa
Fernando Marques
Arqueologia no presente: relações com as populações vivas
Mariana Cabral
Helena Lima
Marcia Bezerra
As propostas completas dos simpósios estão apresentadas ao final desta carta. Interessados em apresentar nos simpósios, devem ler as propostas e indicar, na submissão do resumo, em qual simpósio gostariam de inscrever-se.
Os resumos poderão ser encaminhados até 04 de Julho 2014. Na próxima circular estaremos divulgando a forma de submissão dos mesmos. Dúvidas podem ser encaminhadas ao endereço eletrônico sabnorte2014@gmail.com.
Na próxima circular estaremos também informando dados para pagamento de inscrições. Os valores para inscrições são os seguintes:

Modalidade
Pagamentos realizados até 04 de Julho de 2014
Pagamentos realizados até o início do evento (credenciamento)
Sócios da SAB
Sócio efetivo ou colaborador
R$ 80,00
R$ 130,00
Sócio estudante
R$ 30,00
R$ 45,00
Não-Sócios
Profissional
R$ 100,00
R$ 150,00
Estudante de Pós-Graduação
R$ 50,00
R$ 100,00
Estudante de Graduação
R$ 40,00
R$ 55,00

 Informações mais detalhadas sobre programação cultural, visitas a sítios arqueológicos e opções de estadia serão também informadas na próxima circular.
 Esperamos a todos no meio do mundo!
 Comissão Organizadora
Msc. Mariana Petry Cabral (IEPA)
Msc. João Darcy de Moura Saldanha (IEPA)
Msc. Irislaine de Moraes (UNIFAP)
Bach. Djalma Santiago (IPHAN/AP)
Msc. Kleber de Oliveira Souza (IEPA)
Esp. Alan Silva Nazaré (IEPA)
Msc. Maitena Hiriart (IEPA)
Esp. Lucio Costa Leite (IEPA)
Dr. Manuel Calado (CNPq/SETEC/IEPA)
Grad. Jelly Juliane Souza de Lima (IEPA)
Daniele Soares (IEPA)
Mara Pinto Rosa (IEPA)
Grad. Carolina Sousa Santos (IEPA)
Marcio Wendel (IEPA)
Marcio Marinho (IEPA)

ORIENTAÇÕES PARA RESUMOS
Requisitos:
a) Os sócios devem estar em dia com anuidades da Sociedade de Arqueologia Brasileira. Não-sócios devem fazer sua associação através do sítio eletrônico da Sociedade de Arqueologia Brasileira (www.sabnet.com.br), com antecedência, para garantirem sua aprovação antes do prazo final de inscrições da SAB Norte.
b) Cada participante poderá ser o primeiro autor de apenas UMA comunicação.
c) Os resumos devem contemplar ao menos uma das linhas temáticas do evento.

Orientações:
As propostas devem conter: 
·           Modalidade de apresentação: Simpósio, Mesa de Comunicação ou Pôster
·           Título da Apresentação
·           No caso de Simpósio, indicar qual Simpósio Temático.
·           No caso de Mesa de Comunicação ou Pôster, indicar Linhas Temáticas contempladas.
·           Autores, com nome completo, email e instituição (se for o caso). No caso de mais de um autor, inclusive no caso de Coletivos, deve ser indicada a pessoa que será o contato preferencial com a Comissão.
·           Resumo, com até 300 palavras, contendo objetivos, justificativa e resultados alcançados. No caso de pôsteres, os resultados não precisam constar do resumo.

Prazos:
A submissão de resumos deverá ser realizada até o dia 04 de Julho.

SIMPÓSIOS TEMÁTICOS

Título: Cerâmica em tempos de Tecnologia e Arte: novas abordagens sobre variabilidade na arqueologia Amazônica
Linha temática contemplada: Saberes e Tecnologia
Coordenadoras: Jaqueline Belletti[1], Erêndira Oliveira[2] & Meliam Gaspar[3]
Debatedora[4]: Dra. Cristiana Barreto
Resumo:
Durante muito tempo, os trabalhos arqueológicos na Amazônia  centraram-se nos estudos tecno-tipológicos dos conjuntos artefatuais cerâmicos, tendo como foco a definição de Tradições, Subtradições e Fases. Os materiais cerâmicos são fundamentais para a arqueologia amazônica e configuram uma parcela muito expressiva dos vestígios arqueológicos que nos permitem estudar os modos de comportamento de povos pré-coloniais.  No entanto, os estudos atuais dos componentes cerâmicos têm aprofundado distintas abordagens teórico-metodológicas, relacionando estes materiais a diferentes elementos do contexto arqueológico do qual fazem parte e ampliando as abordagens interpretativas sobre a variabilidade artefatual.
O objetivo deste simpósio é de reunir trabalhos que tragam novas abordagens sobre o estudo da variabilidade cerâmica na Amazônia, a partir da interlocução entre diferentes dimensões do estudo arqueológico. Estas dimensões podem configurar os aspectos sociais, culturais, cosmológicos e tecnológicos, de forma que a produção cerâmica passa a ser entendida dentro destes aspectos e na relação entre eles.  Estão relacionados com esta proposta trabalhos que tenham como temas chave as noções de estilo na arqueologia, abordado por uma perspectiva da Antropologia da Tecnologia como o estilo tecnológico (escolha tecnológica, performance, cadeia operatória etc.), da Antropologia da Arte (tecnologia do encantamento, estética, objetos de prestígio, etc.) ou ainda conceitos relacionados à Etnologia Amazônica (perspectivismo, animismo, etc.)
Assim, acreditamos que o diálogo entre tais abordagens sobre a variabilidade cerâmica pode produzir um novo espectro de dados, que auxiliem a aprofundar e complexificar os estudos cerâmicos na Amazônia.
  
Título: Modos de fazer e tecnologias de produção na Amazônia antiga
Linha temática contemplada: Saberes e Tecnologia
Coordenadores: Gabriela Prestes Carneiro & Claide de Paula Moraes – Professores de Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará
Debatedor: Eduardo Góes Neves – MAE/USP
Resumo:
         Este simpósio propõe aos pesquisadores uma reflexão sobre etapas e atividades que envolvem o fazer cotidiano, seja a produção de artefatos e ferramentas, desde a escolha de materiais aos seus usos e funções. A proposta é transpor os conceitos de “Tecnologia” e “Cadeia operatória”, frequentemente utilizados no estudo do material lítico, pensando em outras abordagens. Então, Como preparar alimento? Como produzir o fogo? Como elaborar instrumentos? Como enterrar os mortos? E finalmente, como reconstituir estas etapas de formação do contexto arqueológico a partir da análise de diferentes materiais?
         No Brasil é comum observamos a especialização dos trabalhos arqueológicos, os especialistas em lítico, cerâmica, fauna, etc. A proposta justifica-se pela possibilidade de integrar estes trabalhos promovendo um entendimento maior dos gestos cotidianos das populações do passado. Assim, este simpósio visa reunir pesquisadores de diferentes áreas (Especialistas em Lítico, Cerâmica, Arqueobotânica, Arqueologia da Paisagem, Zooarqueologia, Bioarqueologia e outros).
  
Título: Estruturas Negativas na Amazônia Pré-colonial: Deposições, contextos e significados
Linha temática contemplada: Estruturas arqueológicas: do micro ao macro
Coordenador: João Darcy de Moura Saldanha – IEPA
Debatedora: Cristiana Barreto
O objetivo do presente simpósio é explorar o papel de estruturas negativas (feições, fossas, fossos, poços) que estão presentes em uma diversidade de sítios na Amazônia, a partir de uma perspectiva contextual. Convidamos os participantes a apresentar estudos de caso de práticas relacionadas a tais contextos, explorando as formas, os conteúdos e as associações das deposições encontradas nestas estruturas negativas, e encarando-os como resíduos materiais de uma seqüência de ação, cuja finalidade é estabelecer ligações materiais com lugares específicos. Desta maneira, estes resíduos podem ser vistos como “deposições estruturadas”, comunicando significados através de sua forma, conteúdo e qualidades simbólicas. Tentaremos explorar a complexidade e diversidade destas práticas na região, procurando entender a relação entre tais práticas, modificações da paisagem e o caráter das formações sociais na Amazônia pré-colonial.

Título: ARQUEOLOGIA HISTÓRICA NA AMAZÔNIA: ATUAIS E NOVAS PESQUISAS
Linha temática: Novas Práticas da Arqueologia Amazônica
Coordenador: Diogo Menezes Costa[5]
Debatedor: Fernando Marques - MPEG
Resumo:
A arqueologia histórica na Amazônia vem a algum tempo revelando através de pesquisas pioneiras um passado recente, porém ainda desconhecido e minimizado frente ao enorme estudo da pré-história na região. As pesquisas em sítios arqueológicos do período histórico na Amazônia têm sido de forma heroica uma atividade de poucos, contudo o que já foi feito é apenas uma pequena amostra do real potencial ainda existente. Portanto, este simpósio pretende discutir atuais e novas pesquisas sobre os sítios arqueológicos históricos amazônicos, trazendo ao diálogo os pesquisadores que se deparam no dia a dia com as dificuldades e as soluções sobre o tema.

Título: Arqueologia no presente: relações com as populações vivas
Linhas temáticas: Saberes e Tecnologia + Novas Práticas da Arqueologia Amazônica
Coordenadoras: Mariana Petry Cabral (IEPA) e Helena Pinto Lima (MPEG)
Debatedora: Marcia Bezerra (UFPA)
Nos últimos anos, houve um acréscimo significativo de pesquisas arqueológicas na Amazônia que buscaram em coletivos de não-cientistas colaborações ativas no desenvolvimento de projetos. Este envolvimento com grupos que nem sempre partilham das mesmas bases de conhecimento que os pesquisadores tem gerado reflexões instigantes sobre a prática arqueológica, a produção do conhecimento e a multiplicidade de percepções que os vestígios arqueológicos produzem nas pessoas, sejam elas tradicionais (indígenas, quilombolas, caboclas...) ou mesmo urbanas. Este simpósio será um espaço para discutir estas experiências de encontros entre sistemas de conhecimento, tendo por base a arqueologia, buscando ampliar discussões em temas como práticas colaborativas, o papel do sensível, modos de conhecer/perceber vestígios e outros correlatos. Em última instância, este simpósio abrirá espaço para que se pense na arqueologia como uma prática profundamente enraizada no presente.




[1] Aluna do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do MAE-USP. Pesquisadora associada ao Laboratório de Arqueologia dos Trópicos (ARQUEOTROP) e do Laboratório de Arqueologia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
[2] Aluna do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do MAE-USP. Pesquisadora associada ao Laboratório de Arqueologia dos Trópicos (ARQUEOTROP).
[3] Aluna do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do MAE-USP. Pesquisadora associada ao Laboratório de Estudos Interdisciplinares sobre Tecnologia e Território (LINTT).
[4] Pós-Doutoranda do MAE-USP. Pesquisadora associada ao Laboratório de Arqueologia dos Trópicos (ARQUEOTROP)
[5] Professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia / Universidade Federal do Pará – PPGA/UFPA